Saúde aponta que quanto menor a idade gestacional, maior a mortalidade e maior a incidência de morbidades
No ano de 2023, de 1° de janeiro a 31 de outubro, 338 pacientes foram internados e receberam alta da Unidade Neonatal do Hospital Regional (Divulgação)
Com 11% de recém-nascidos prematuros entre os 2.560.320 nascidos vivos no Brasil em 2022, conforme Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade é um dos grandes problemas da saúde pública da atualidade.
Já em Mato Grosso do Sul dos 40.486 nascimentos, 13% foram prematuros, nascidos antes de completar 37 semanas de gestação (36 semanas e 6 dias). Diante disso, para alertar sobre a conscientização e prevenção da prematuridade, o mês de novembro foi escolhido como o mês alusivo ao tema e o dia 17, reconhecido como o Dia Mundial da Prematuridade.
Aderindo a campanha global, o Hospital Regional iniciou as atividades alusivas no dia 10 de novembro, com ação voltadas às famílias de bebês prematuros do hospital. Durante todo o mês de novembro o hospital, através da linha materno infantil, realiza atividades internas. “Nosso objetivo é reforçar esse alerta e também reforçar o vínculo da nossa equipe com as famílias dos prematuros”, afirmou a diretora-presidente do HRMS, Drª Marielle Alves Corrêa Esgalha.
A doutora Bianca Stavis Conte, médica neonatologista da UTI Neonatal do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), explica que quanto menor a idade gestacional, maior a mortalidade e maior a incidência de morbidades: paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sequelas oculares e motoras.
Doenças infecto-contagiosas não tratadas (sífilis, aids, toxoplasmose, etc.); doenças maternas como diabetes, hipertensão e obesidade; extremos de idade (inferior a 16 ou superior a 35 anos); maus hábitos (etilismo, tabagismo e drogadição), e, principalmente, a ausência de pré-natal, são os principais fatores que podem comprometer a gestação.
“Alguns problemas, quando detectados durante os exames pré-natais de rotina, podem ser diagnosticados e tratados, evitando o nascimento prematuro. A infecção urinária, por exemplo, é relativamente comum na gestante e pode desencadear trabalho de parto prematuro, ruptura prematura da bolsa amniótica, sepse neonatal precoce (infecção generalizada no recém-nascido), meningite neonatal, paralisia cerebral e levar à morte do bebê”, pontuou a doutora Bianca.
A redução da morbimortalidade neonatal está relacionada ao aperfeiçoamento do cuidado neonatal, investimento tecnológico e à assistência pré-natal de qualidade. “Apesar da gestação ser um fenômeno fisiológico, em cerca de 10% dos casos pode-se identificar um ou mais fatores que colocam em risco a gestante e ou o seu feto”, completou a médica neonatologista.
Referência em gestação de alto risco, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul possui 35 leitos neonatais, dos quais: 10 de UTI neonatal, 20 de Unidade Neonatal de Cuidados Intermediários e 5 de Unidade Canguru.
No ano de 2023, de 01 de janeiro a 31 de outubro, 338 pacientes foram internados e receberam alta da Unidade Neonatal do HRMS. Confira a programação do hospital em alusão ao Novembro Roxo:
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