Replantio de soja superou 100 mil hectares em Mato Grosso do Sul

Economia

Mato Grosso do Sul está prestes a concluir o plantio da soja safra 2023/24 (Foto: André Bento/Arquivo)

O mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) aponta que aproximadamente 107.194,24 hectares da safra de soja 2023/24 foram replantados em Mato Grosso do Sul por causa das adversidades climáticas.

A publicação divulgada na terça-feira (19) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) detalha ainda que a maior parte desse replantio ocorreu na região oeste, com 47.546,35 hectares, seguido pelas regiões centro (25.107,10 hectares), nordeste (20.574,33 hectares), norte (11.427,00 hectares) e sul (2.539,46 hectares).

No entanto, isso representa apenas 2,51% da área estimada de cultivo neste ciclo produtivo, de 4,265 milhões de hectares, dos quais 4,184 milhões de hectares já haviam sido semeados até 15 de dezembro.

Com 89,3% das lavouras em boas condições, 10% regulares e 0,7% ruins, a produtividade estimada é de 54 sacas por hectares, dentro do potencial produtivo das cinco safras recentes em território sul-mato-grossense, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.

Porém, a região sul, onde estão localizados os municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti, apresenta 53,4% boas e 46,5% ruins.

O Siga-MS pontua ainda que historicamente a semeadura da cultura da soja ocorria até a primeira semana de dezembro, mas nesta safra o clima não colaborou até meados de novembro.

“Até 27 de outubro, tínhamos 45,5% da área plantada, enquanto a média histórica para este período é de 57,4%, ou seja, mais da metade deveria estar plantada. Apesar da escassez de chuvas, o produtor, que já havia adquirido insumos, foi compelido a iniciar o plantio em novembro”, detalha.

O boletim Casa Rural pondera ainda que no cenário atual, as principais áreas em semeadura são de grande extensão, faltando em média de 10% a 30% para concluir a operação. “Os produtores deste perfil tiveram que iniciar o plantio cedo, o que levou ao replantio de algumas áreas, ou foram escalonando a área de acordo com as precipitações que ocorriam. Outro fator impactante no momento são as chuvas abundantes, fazendo com que os produtores aguardem a drenagem para retomar a operação”, detalha.

CREDITO Jornal Grand Dourados

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