MS ainda replanta soja, mas tem 89,3% das lavouras em boas condições

Economia

Mato Grosso do Sul estima cultivar 4,265 milhões de hectares de soja na safra 2023/2024 (Foto: Jornal Gran Dourados)

Boletim Casa Rural divulgado nesta terça-feira (9) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) aponta que o plantio da safra de soja 2023/2024 foi concluído com atraso de três semanas, mas ainda há áreas em processo de replantio por causa das adversidades climáticas desse ciclo produtivo.

Em 27 de dezembro, o Ministério da Agricultura publicou a Portaria SDA/Mapa nº 980/2023, que alterou o calendário de semeadura da oleaginosa em território sul-mato-grossense e prorrogou o prazo final de semeadura do dia 24 daquele mesmo mês para 13 de janeiro de 2024.

Essa ampliação atendeu pedido da Famasul e da Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), que apontaram cenário desfavorável ao desenvolvimento da cultura da soja devido ao excesso de calor, com registros de temperaturas recordes e a escassez de chuvas, resultando em períodos de veranicos.

No entanto, no boletim Casa Rural divulgado hoje, o Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul) apurou que 89,3% das lavouras estaduais estão em boas condições, 10% regulares e apenas 0,7% ruins.

A estimativa é que sejam cultivados 4,265 milhões de hectares na safra 2023/2024, com produtividade média de 54 sacas por hectare e produção total de 13,818 milhões de toneladas.

Conforme o Siga-MS, Mato Grosso do Sul registrou um replantio em 2,51% da área estimada, totalizando cerca de 107.194,24 hectares. “A maior parte do replantio ocorreu na região oeste, com aproximadamente 47.546,35 hectares replantados. Isso foi seguido pelas regiões centro (25.107,10 hectares), nordeste (20.574,33 hectares), norte (11.427,00 hectares) e sul (2.539,46 hectares)”, detalha.

Embora a semeadura da cultura da soja fosse concluída historicamente na primeira semana de dezembro, o clima não colaborou nesse ciclo produtivo até meados de novembro. “Até 27 de outubro, tínhamos 45,5% da área plantada, enquanto a média histórica para este período é de 57,4%, ou seja, mais da metade deveria estar plantada. Apesar da escassez de chuvas, o produtor, que já havia adquirido insumos, foi compelido a iniciar o plantio em novembro”, detalha.

Com isso, no cenário atual as principais áreas em semeadura são de grande extensão, faltando em média de 10% a 30% para concluir a operação. “Os produtores deste perfil tiveram que iniciar o plantio cedo, o que levou ao replantio de algumas áreas, ou foram escalonando a área de acordo com as precipitações que ocorriam. Outro fator impactante no momento são as chuvas abundantes, fazendo com que os produtores aguardem a drenagem para retomar a operação”, descreve o Siga-MS.

Por fim, o boletim Casa Rural pontua que esse atraso no plantio da soja reduzirá a janela de plantio do milho da 2ª safra de 2023/2024, possibilitando a redução da área do cereal.

Quanto à comercialização da soja, é citado levantamento da Granos Corretora segundo o qual até 4 de dezembro de 2023 o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 89,20% da safra 2022/23, atraso de 0,08 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2022 para a safra 2021/22

Fonte

JornalGandDourados

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