Área colhida de soja atingiu 12,7 mil hectares até dia 12 de janeiro (Foto: Arquivo/Governo MS)
Boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) aponta que apesar do clima adverso, a safra de soja 2023/2024 já começou a ser colhida em Mato Grosso do Sul com manutenção das estimativas de produtividade média de 54 sacas por hectare e produção de 13,818 milhões de toneladas.
Publicado na terça-feira (16), aponta que aproximadamente 12.795,0 hectares foram colhidos até 12 de janeiro, equivalente a 0,3% da área semeada, de 4,265 milhões de hectares. Em contraponto, outras áreas ainda passaram por processo de replantio ainda no dia seguinte, 13.
Embora pontue que “as expectativas iniciais de produção, produtividade e área cultivada no estado de Mato Grosso do Sul permanecem inalteradas, uma vez que estão levando em conta um cenário de instabilidade climática”, o Siga-MS assinala que “as primeiras áreas que foram colhidas na região nordeste indicam uma diminuição do potencial produtivo, variando entre 10 a 15 sacas por hectare”
“O volume de chuvas, especialmente no período que se estende do final de janeiro até o final de fevereiro, será o principal fator determinante da produtividade em todo o estado”, detalha o boletim Casa Rural, divulgado por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho).
Ao recordar que a estiagem começou em setembro de 2023, ‘causando um atraso no plantio da soja”, o Siga-MS menciona que “a escassez de chuvas resultou em um ritmo lento de semeadura, que só foi concluída na terceira semana de dezembro de 2023”.
“Mesmo antes do término da operação, já era necessário fazer replantios, que se estenderam até 13/01/2024. Durante esse período de plantio e desenvolvimento fenológico, a maior parte da cultura foi prejudicada pela seca. Este problema foi exacerbado entre dezembro de 2023 e a primeira semana de janeiro de 2024. Além da falta de chuva, as altas temperaturas também contribuíram para agravar a situação”, explica.
O agronegócio sul-mato-grossense pode semear soja até 13 de janeiro de 2024 porque o Ministério da Agricultura acatou pedido da Famasul e da Aprosoja-MS e alterou o calendário de plantio que terminaria em 24 de dezembro por força da Portaria SDA/Mapa nº 980/2023, publicada no dia 27 de dezembro de 2023.
Agora, o Siga-MS pondera que “apesar dos desafios, a cultura de soja no estado de Mato Grosso do Sul ainda mantém as expectativas iniciais de 54 sacas por hectare, uma média alinhada ao potencial produtivo das últimas cinco safras do estado”. “Isso resulta em uma expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas”, indica.
Quanto ao preço médio da saca de 60 quilos de soja em Mato Grosso do Sul, o boletim Casa Rural apurou desvalorização de 17,43% entre os dias 13 de dezembro de 2023 e 12 de janeiro de 2024, cotada ao valor médio nominal de R$ 106,57 no fim desse período.
Além disso, cita cotações disponíveis no site da Granos Corretora para revelar que a maior desvalorização no período, ocorreu nos municípios de Ponta Porã, Dourados, com desvalorização na ordem de 21,05% e 19,23% respectivamente.
“O preço médio do período foi de R$ 118,64/sc. Ao comparar com igual período do ano anterior, houve queda nominal de 28,29%, quando a oleaginosa havia sido cotada, em média, a R$ 165,44/sc”, detalha.
Também segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, a publicação diz que até 15 de janeiro de 2024 o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 97,00% da safra 2022/23 de soja, avanço de 7,88 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2023 para a safra 2021/22
Fonte jornalGanDourados