Funcionários do Hospital de Anastácio podem ser punidos por filmarem corpos

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Quarto dos seis cadáveres tiveram os rostos filmados e imagens divulgadas nas redes sociais

Na sexta-feira (8), dois funcionários do Hospital de Anastácio, localizado a 122 quilômetros de Campo Grande, filmaram e divulgaram na internet os corpos de quatro dos seis suspeitos que morreram em confronto com a polícia civil na zona rural do município.

O vídeo causou indignação e repúdio nas redes sociais. A reportagem optou por não mostrar as imagens em respeito aos mortos e aos familiares.

No vídeo, é possível ver uma pessoa de luva cirúrgica, jaleco azul, calça jeans e tênis, levantando os lençóis que cobriam os rostos dos cadáveres, que estavam em macas.

Atrás dela, outra pessoa, que aparenta ser uma mulher, fazia a filmagem com um celular. A gravação foi feita sem autorização e sem nenhum cuidado com a dignidade humana.

A direção do Hospital de Anastácio emitiu uma nota oficial, na qual afirmou que abrirá uma investigação para apurar o caso e, se confirmado o envolvimento de algum colaborador na produção e divulgação do vídeo, aplicará uma punição adequada à gravidade do fato.

A nota também expressou o repúdio do hospital a qualquer ato que viole a integridade do paciente e a ética profissional, e reforçou os valores que orientam a conduta dos seus funcionários.

O crime de vilipêndio a cadáver, que consiste em desrespeitar ou ultrajar um corpo, está previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro, e pode acarretar pena de um a três anos de detenção e multa

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