Antes do acidente que vitimou a banda, a Brasília foi sorteada em uma ação do ‘Domingo Legal’, programa de Gugu Liberato no SBT. Mal cuidada, ela chegou a ser abandonada em um ferro velho na cidade do Rio de Janeiro, antes de ser encontrada e recuperada pela família em 2015.
“A gente pegou e remontou. Ao todo, 75% do carro foi preservado. Quando recuperamos a Brasília e trouxemos, remontamos com peças de uma outra Brasília que já existia aqui em São Paulo. Tomamos o cuidado de deixá-la o mais original possível“, explica Jorge Santana, primo de Dinho, em entrevista ao ‘Extra’.
Ele contou também que a família do vocalista dos Mamonas fez parceria com empresas da região para conseguirem reformar o veículo e deixá-la igualzinha na época em que o clipe foi gravado.
A Brasília era de um ex-sogro do vocalista Dinho, que ao comprá-la, quis reformar de modo particular e um tanto quanto excêntrico. Tudo foi ideia dele: os para-choque dianteiros foram retirados de um Uno, o aerofólio traseiro, vindo de outro carro. Os bancos cobertos por uma estampa de oncinha dão o toque final ao veículo – que tinha a cara da banda!
“Ele brincava muito. E tudo foi ideia dele. A Brasília foi uma grande brincadeira, assim como ‘pitchula’, (termo que veio) de um primo nosso na Bahia, que falava isso quando via uma menina bonita”, diz o tio Jorge.
“Mamonas era liberdade. O Dinho não ofendia ninguém, tinha uma expertise muito própria para falar sobre as coisas, contar sobre as pessoas. Ele acreditava que seria artista. Dizia que a pessoa não se torna, mas nasce artista“, relembra ele sobre o primo.
Os integrantes da banda, os Mamonas Assassinas, morreram de forma repentina e trágica em um acidente aéreo na Serra da Cantareira, 25 anos atrás. A partida dos jovens e o fim da banda chocaram o Brasil, pois aconteceu no exato momento em que eles estavam no auge do sucesso
R7