Uma criança de um ano está internada no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) após ser picada por um escorpião.
O caso foi registrado no bairro Coophavilla, em Campo Grande, mas ainda não se sabe o estado de saúde da vítima.
Ataques de escorpiões aumentaram em 2023. (Divulgação, GOV MS)
Informações repassadas indicam que a criança foi picada na última quinta-feira (16).
Segundo um vizinho da vítima, a criança estava entubada.
“Hoje uma outra vizinha me disse que a criança havia melhorado e que tinha ido ao hospital levar doações, pois a família está passando por necessidades”, disse o homem que preferiu não se identificar.
Segundo o homem, o aparecimento de escorpiões no bairro aumentou significativamente após obras para a instalação da rede de esgoto na região.
“Já encontrei muitos escorpiões na minha casa, desde que fizeram o esgoto a situação piorou muito.
Sempre vinham do ralo, então precisei trocar por um fechado, e a situação melhorou, mas ainda fico preocupado”, relata o morador.
A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o Hospital Regional, que confirmou que a criança deu entrada no local, mas não pode repassar mais informações devido ao sigilo médico e à Lei de Proteção de Dados.
Três crianças morreram por picada de escorpião em 2023
Em 2023, Mato Grosso do Sul registrou três mortes de crianças por picada de escorpião.
Somente na cidade de Ribas do Rio Pardo, a 96 quilômetros de Campo Grande, foram registradas duas mortes.
Entre as vítimas estão Maria Fernanda, de 4 anos, que foi picada enquanto dormia, e Pyetro Gabriel Arguelho, de 5 anos, que foi picado ao calçar o sapato.
Em 23 de setembro, uma menina de seis anos, moradora de Brasilândia, a 328 km de Campo Grande, foi picada pelo animal peçonhento, não resistiu e faleceu no dia seguinte depois de ser transferida para um hospital em Três Lagoas, a 326 km da Capital.
Como evitar o escorpião?
Com o início da primavera e a atual onda de calor, Mato Grosso do Sul enfrenta a época mais propícia para o aparecimento de escorpiões.
Nesse período, é comum que esses animais saiam de suas tocas, bueiros, esgotos e caixas de gordura em busca de alimentos.
“É fundamental manter o lixo sempre condicionado em recipientes fechados e armazenados em locais específicos, além de evitar o acúmulo de entulhos e manter terrenos baldios limpos.
Em casa, é importante fechar ralos, tapar frestas e utilizar água sanitária nos ralos e outros locais pelos quais eles possam sair, a fim de reduzir a proliferação”, explica Alexandre Moretti, especialista em dedetização.
É importante destacar a necessidade de monitorar as crianças, pois elas são as mais vulneráveis a casos graves de picadas de escorpião.
Os sintomas iniciais que podem indicar a gravidade do quadro incluem náuseas, vômitos, salivação excessiva e palidez.
Dados do Civitox MS (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica de Mato Grosso do Sul) apontam 3.205 ataques de escorpiões em 2022, sendo 1.101 em Campo Grande.
Caso consiga capturar o animal, evitando contado direto, ele deve ser recolhido e levado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município para auxiliar na identificação e medidas de prevenção e controle da espécie.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com o Ciatox pelos telefones: (67) 3386-8655 e 0800-722-6001 e 150. A equipe oferece teleatendimento aos profissionais de saúde, diagnóstico e identificação de animais peçonhentos e plantas tóxicas
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