calor faz venda de ventilador e ar-condicionado usados subir até 9.300%.

Economia

Grande destaque fica para os ventiladores, que, embora na segunda colocação entre os mais vendidos, tiveram um crescimento de vendas de 9.300%, seguido dos climatizadores (5.100%)

Levantamento da OLX aponta uma verdadeira corrida pela compra dos aparelhos usados entre 8 e 15 de novembro, período da terceira onda de calor no Brasil

O ar-condicionado usado é o líder no ranking de mais procurados, comercializados e anunciados e suas vendas aumentaram 1.630% quando comparado com a semana anterior (31/10 a 7/11).

Mas o grande destaque fica para os ventiladores, que, embora na segunda colocação entre os mais vendidos, tiveram um crescimento de vendas de 9.300%, seguido dos climatizadores (5.100%).

A procura por climatizador saltou 57% no período em comparação com os sete dias anteriores. O ar-condicionado apresentou elevação de mais de 20% na procura. O ventilador, por sua vez, teve queda de 13%.

Aqueles que optaram por anunciar a venda de seus itens parados em casa para geração de renda extra fizeram os anúncios subirem em 37% para climatizadores, 24% para o ar-condicionado e 15% para ventiladores.

O mesmo estudo da OLX, que é uma das maiores plataformas de compra e venda online de itens usados e seminovos no Brasil, conferiu a procura e venda por esses produtos na primeira onda de calor, que aconteceu em setembro. O ar-condicionado, naquele momento, também foi o mais procurado e vendido:

“O estudo detectou uma mudança de comportamento do consumidor na plataforma durante os períodos de altas temperaturas, com o crescimento no interesse e nas vendas de aparelhos que amenizam o calor. Com até 44% de economia em relação ao novo, nossos usuários recorreram à OLX para enfrentar o calor sem ter que gastar muito”, comenta a Diretora Geral da OLX, Regina Botter.

O preço médio dos itens também aumentaram durante a primeira e segunda ondas de calor (18 de setembro a 16 de outubro) em relação a um mês antes (7 de agosto a 11 de setembro). Na época, os três produtos custavam entre R$129 a R$ 626 e passaram a valer entre R$ 144 a R$ 739.

Estados e regiões que mais se destacaram na 1ª onda de calor
A procura pelos três itens no Mato Grosso do Sul aumentou 395%, sendo o estado brasileiro que registrou a maior alta nesse quesito.

Em relação às vendas, o Paraná ficou em primeiro lugar, registrando o maior aumento, com 156%.Houve também aumento considerável de interesse pelos aparelhos nas regiões Sudeste (135%) e Centro-Oeste (122%).

Problemas de oferta
A mudança climática que explica a corrida do consumidor pelos aparelhos usados relacionados a climatização e ventilação também é o motivo da queda na oferta desses produtos no mercado.

Devido à seca no Norte do país, o nível dos rios no Amazonas diminuiu a ponto de atingir o menor patamar em décadas. Isso afetou o transporte fluvial na região, que é a principal forma utilizada por fabricantes de ar-condicionado que estão concentrados na Zona Franca de Manaus para distribuição dos produtos que são fabricados por lá.

Pelos rios, tanto chegam as peças e componentes para a montagem dos aparelhos, como saem os equipamentos prontos para os varejistas. (CNN)

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